Dia 09/03/2012 estivemos na reunião da AVIT. Local – Igreja Evangelica da Varzea
Reunião da Avit para definir nova diretoria, prestação de contas para os quase três mil associados e observadores da sociedade civil.
As anotações recolheram apenas dados que possam ser úteis para o usuários do blog no andamento das questões relativas aos atingidos pela tragédia de 2011.
Vítimas da tragédia de 2011 acompanharão obras
Reunidos na noite de segunda-feira, dia 11 de março, na sede da empresa Alterdata, que graciosamente cedeu espaço para o encontro, representantes da sociedade civil deram os primeiros passos para a criação de um fórum de discussão que acompanhará os o andamento do projeto MORAR TERESÓPOLIS.
Solidariedade sempre, essa é a força dos atingidos
“Quando uma pessoa que vem frequentando nossas reuniões chega a fazer o acordo pela interdição da moradia, em geral ela deixa de comparecer. Não podemos pensar que estamos aqui apenas para resolver o nosso problema individual. Farinha pouca, meu pirão primeiro não ajuda o movimento. A solidariedade com os que ainda estão sem casa, sem o aluguel social, é fundamental para termos força. Se a gente não ficar em cima, nada acontece. A gente precisa da participação de todos, para que possamos ter o cadastro definitivo dos atingidos publicado”, afirmou Claudio................, ao se dirigir à plenária da Avit.
Em Santa Rita, terra arrasada tirou o sustento de 49 famílias
As famílias de produtores rurais do assentamento do INCRA, em Santa Rita, estão sem sua fonte de sobrevivência desde a tragédia de janeiro de 2011, pois suas casas e plantações estão declaradas em área de risco, por se situarem na garganta de uma pedreira instável. Com a interdição, essas famílias deixaram o local, estão abrigadas em casas alugadas ou de parentes, mas precisam ir ao local todos os dias para vigiar os seus pertences e cuidar da plantação. “Eu não queria morrer sem ter meu cantinho”, diz Tereza, que planta para vender na feira de produtos orgânicos e com isso completa a pensão do marido que já tem 80 anos. “Como vamos viver num apartamento? Como vamos ganhar a vida?“ – indaga Tereza.
Governo estadual precisa ter um escritório na serra
Esta é uma das reivindicações da direção da Avit, para que os atingidos pela chuva de 2011 possam ter acesso à informação correta e segura. Para a Avit, só o governo do estado tem condições de centralizar as informações. “É por causa da falta de informações que os boatos correm e ficamos sem saber o que é verdade”, afirma a direção da Avit.
Casa desaparecida não recebeu nada
Este é um dos paradoxos da forma como vem sendo conduzido o processo de apoio aos atingidos pela tragédia de 2011: quem perdeu parte da casa onde residia, em sua maioria, já recebeu a proposta de acordo para a indenização pelo imóvel e já pode correr atrás da indenização pelo terreno, junto à Prefeitura. Mas quem teve a casa totalmente destruída, levada pelas avalanches de água e lama, não foi procurado pelas autoridades porque não existe uma base para a avaliação do imóvel. Mas quem tiver fotos e testemunhos não deve ficar parado. A Avit pode orientar sobre os procedimentos.
Recadastramento vai atualizar e corrigir dados
O recadastramento gerou preocupação entre os atingidos pela tragédia de 2011, mas a direção da Avit esclarece que ele era necessário para corrigir distorções, algumas ocorridas por erros pontuais, outras por deslizes morais, como casos em que a pessoa não teve perdas nem está em área de risco e acabou se inscrevendo e recebendo os proventos. Segundo a direção da Avit, da lista enviada para o governo do estado, 1.080 nomes voltaram para recadastramento após auditagem. Muitos casos estão pendentes porque há uma certa confusão sobre que órgão teria a responsabilidade de dar o atestado de interdição. Há casos, inclusive, em que o proprietário de livre e espontânea vontade, se dirigiu à prefeitura para devolver o aluguel com que foi contemplado, pois sua casa não foi atingida, mas foi interditada. Outra fonte de problema é a difusa territorialidade da Ampla, que pode atestar a residência das pessoas que precisam provar que moravam em casas interditadas ou destruídas. No distrito de Vieira, por exemplo, algumas contas de luz figuram como sendo do município de Nova Friburgo, e nestes casos, a propriedade não pode ser indenizada pela prefeitura de Teresópolis. Mas como fica em Teresópolis, Friburgo também se exime. No total, cerca de 200 famílias estão com os aluguéis sociais suspensos, até que o cadastro seja refeito.
Dinheiro das casas já chegou
As verbas federais destinadas à construção das casas para os desabrigados da tragédia de 2011 já estão à disposição do governo do estado do Rio de Janeiro. No entanto, o projeto que se refere ao terreno no bairro do Ermitage, vem enfrentando problemas técnicos não previstos na época da apressada desapropriação. Segundo informação do deputado Nilton Salomão, depois da desapropriação, foi constatado que só uma parte da área poderia ser ocupada por construções. Mesmo assim, em parte dela não se poderá construir com o sistema de sapatas corridas, pois a natureza do terreno exige fundações tradicionais, que encarecem a construção. Outro ponto de discussão vem sendo a necessidade de uma passarela sobre a avenida, para atender ao aumento no número de transeuntes na região.
___________________________________________________________________________Recadastramento
As 1.800 pessoas que tiveram o aluguem social suspenso precisam se recadastrar!
Local: Secretaria de Ação Social - Em frente ao Hospital São José.
Atenção: o corte do aluguel social não implica no corte do recebimento da casa.
